O nível de felicidade é medido através das aspirações e realizações em relação à vida familiar e financeira, ao longo do tempo.“
Milagres da estatística travestidos de ciência no jornal da felicidade. Um culto aos números no vazio da modernidade. Enfim…
E os cientistas ainda fazem acrobacias para explicar aquilo que tiraram da cartola:
“Segundo os pesquisadores, um dos fatores que podem estar por trás desta “inversão” é o fato de as mulheres se casarem mais cedo, e com isso estarem mais satisfeitas com a vida familiar e financeira no início da fase adulta do que os homens“
Assim, a felicidade é definida pela família e pelo dinheiro, e ocorre de forma mais intensa no começo do casamento. Ao que parece, é assim que pensam (ou o que sugerem, nas entrelinhas) tais pesquisadores. Talvez um futuro trabalho da equipe seja descobrir se as pessoas que se casaram muitas vezes são mais felizes (por terem mais “inícios de relação”) ou mais tristes (porque casar e separar são coisas que costumam custar caro).
E enquanto o homem se considera uma anomalia probabilística no universo material, continua a buscar respostas sobre si mesmo nas médias estatísticas…